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OLIVENZA: (O LANÇAMENTO DE UM LIVRO) (Março-2010)...

(O LANÇAMENTO DE UM LIVRO) (Março-2010)
UM TRABALHO EXTRAORDINÁRIO LANÇADO NUMA JÓIA (NO LANÇAMENTO DE UM LIVRO)

Lançar um livro. Um acto sempre importante. Algo corriqueiro, também. Mas... quase
nunca vulgar.
E depois... há livros e livros. Há ambientes mais ou menos significativos. Alguns são
esmagadores.
A Capela da Santa Casa da Misericórdia de Olivença é um destes ambientes. Esmagador.
Duma enorme beleza. E incompreensível para quem não sabe um pouco de História.
Os azulejos, portugueses, azuis e brancos, forma maravilhosos painéis. As talhas,
alguma indo-portuguesas, deixam-nos deslumbrados. As imagens religiosas, nomeadamente a
do altar principal, são de uma grande riqueza.
É o dia 12 de Março de 2010. Vai-se lançar um livro, e a Capela está quase cheia.
Falam vários oradores, acabando por usar da palavra o autor do livro, José António
González Carrillo. O Título da obra é, por si só, um manifesto. "Herança Portuguesa nas
Confrarias de Olivença". Inúmeras fotografias, organizadas artisticamente, como só este
autor sabe fazer (recordemos outros título: "Saudade"; "Olivença Oculta").
Basta-me citar trechos da comunicação do oliventino mestre da imagem e da câmara. Fica
tudo dito.
«Real "Arquiconfraria" de Nosso Senhor Jesus dos Passos e Irmandade de Nossa Senhora
da Misericórdia, sois testemunho vivo do esforço de muitas gerações de oliventinos que
tal como vós encontraram na Paixão um modo de vida e um desvelo para melhorar à vossa
maneira a cultura popular que faz de nós indiscutivelmente "algo" de único. Obrigado,
sinceramente, a todos vós. (...)É necessária a consciencialização, procurar, na
identidade do passado, as marcas que
nos façam sentir orgulhosos da nossa herança, dos nossos cultos, das nossas festas. (...)
decidi retratar-te, colocar as minhas recordações de criança em paz comigo mesmo, dar
ordem aos meus pensamentos e relatar o porquê de seres diferente de qualquer lugar, e
assim ter uma desculpa para imortalizar as largas estradas da nossa memória. (...) Foram
centenas de fotografias que tirei de cada instante, de cada rua, de cada tonalidade
avermelhada do entardecer que acompanha os nossos rituais religiosos mais
profundos. (...) Tentando criar um trabalho intemporal, cheia de contrastes, mas com o
intenso aroma luso que ainda se pode apreciar nas ruas de "estação" de penitência. Só
temos de visitar qualquer localidade irmanada culturalmente a Olivença. como o Redondo,
Monforte, ou Veiros... para encontrar nelas as mesmas características culturais que
respiramos nos "grupos" mencionados no livro.
Só olhando para o nosso passado encontraremos a identidade que todo o oliventino sente
no seu coração. (...)"A Pátria de cada um de nós é a nossa própria infância" (...)».
Melhor do que eu alguma vez o poderia fazer, o autor explicou a sua obra e os seus
sentimentos!
Estremoz, 14 de Março de 2010
Carlos Eduardo da Cruz Luna